Sim, meu amado poeta de além mar!

Ofertar-te-ei meus lábios,

para que sugues o mel,

que acalmará a ardência dos teus!

Aplacarei as chamas desta caldeira ardente,

com a suavidade de minhas mãos e;

abraçar-te-ei até que o terremoto abrande e,

permitirei que colhas as gotas

de orvalho que brotam

na relva de meu ventre!

Beijarei teus olhos fechados,

até que o medo passe e vejas,

que estou contigo (não sou uma miragem) e,

pronta a saciar tua sede no oásis

que se forma, na areia de minhas coxas.

Estou aqui, meu amado poeta,

São minhas mãos que te acarinham e,

meus lábios e minha língua quente,

que sugam a vida no céu da tua boca!

Sim, meu amado poeta,

meus olhos são estrelas,

que iluminam e te orientam,

para que navegues com destreza,

neste mar revolto,

onde as ondas nos jogam,

um de encontro ao outro,

permitindo que nossas curvas,

se achem e se encaixem,

no encontro perfeito...

Sim, meu amado poeta,

minha língua pode ser

o céu ou o inferno,

que te espera decidido,

mas qualquer que seja tua escolha,

levar-te-ei às estrelas

ou a queda abissal,

de um gozo sem fim...

Digo, ainda, meu amado poeta,

que esta hora, é muito mais

do que uma hora

é muito, muito mais do que um só dia,

é muito mais, é bem mais,

que a eternidade, e,

escreveremos muitos poemas,

eu sobre teu corpo e,

tu sobre o meu,

com tinta de beijos!

Koka
Enviado por Koka em 20/11/2008
Reeditado em 09/01/2009
Código do texto: T1293103
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