Pertenço
Sou a doadora do amor largado...
E pelas vicissitudes do esquecimento,
Apoio no calor dos desejos a malícia.
No peitoril da janela , os peitos à mostra da espera
Versam nos lábios carnudos os momentos calados
Amenizam a demora do vento que refresca ao intenso calor
Os beijos ao luar, alternam com expectativas, é o toque.
O corpo aceita o pleito retido, inerte e sedento.
Contêm a imagem do quadrado perfeito.
Cantos e desejos sintonizam simetrias do apego,
Retrato falado do amor que pertenço.