Uma flor ofurô
O instante se larga na banheira de ofurô
Todas pétalas cuidadosamente dispostas ao acaso
Flutuando na imaginação de quem as vê.
A água se perfuma com seus odores
Que se mistura com a rara flor submergida.
Despercebida na espiritualidade de sensações.
Esta parece uma flor diferente das outras.
Por certo tem tudo que se busca de uma flor completa,
Uma flor ao acaso apenas com a bela boca amostra.
Observando um pouco mais,
Sente-se o teu aroma
Retorna sabores retidos na memória
O perfume nunca abandonado na boca beijada.
Cheira-se desejos de água cristalina
Misturando-se ao banho
Refrescando-se ao acaso no toque de pele em flor.
As várias faces da flor desapercebida
Que se purifica e se torna linda
A cada banho que se passa.
Uma flor oculta aos olhos
Mas que fascina as bocas e narizes mais atentos.
Tomar-te-ei em banho
E quem sabe teu cheiro será o meu.