OS FANTASMAS DE CASSIOPÉIA - Poesia do Futuro XVII -
Labirintos operáticos
Da mais negra escuridão
Invadem-me a alma
Atiram-te
Para longe do meu coração
Formas
E contornos
Que não consigo explicar
São a minha realidade
Desmaterializada
Onde nem contigo
Consigo sonhar
Ecos dum passado falhado
Duma realidade ausente
E dum futuro traumático, ferido
Ocupam os meus canais comunicacionais
Agravados
Por não te sentir comigo
E se as estrelas brilham
A sua luz é fosca
E sinto-me
Tão só
Tão perdido
Pois nem a forma
Ou o pensar no amor
Me livram deste perigo
Dizem-me da Base
Que tudo não passa
De uma alucinação
Devido à intensa radiação
Cosmológica
E que Tu estás
Onde sempre estiveste
Tudo não passando
Dum mal técnico temporário
Mas embora
Convicto de tal ideia
Não consigo escapar
A
Os Fantasmas de Cassiopéia