OS FANTASMAS DE CASSIOPÉIA - Poesia do Futuro XVII -

Labirintos operáticos

Da mais negra escuridão

Invadem-me a alma

Atiram-te

Para longe do meu coração

Formas

E contornos

Que não consigo explicar

São a minha realidade

Desmaterializada

Onde nem contigo

Consigo sonhar

Ecos dum passado falhado

Duma realidade ausente

E dum futuro traumático, ferido

Ocupam os meus canais comunicacionais

Agravados

Por não te sentir comigo

E se as estrelas brilham

A sua luz é fosca

E sinto-me

Tão só

Tão perdido

Pois nem a forma

Ou o pensar no amor

Me livram deste perigo

Dizem-me da Base

Que tudo não passa

De uma alucinação

Devido à intensa radiação

Cosmológica

E que Tu estás

Onde sempre estiveste

Tudo não passando

Dum mal técnico temporário

Mas embora

Convicto de tal ideia

Não consigo escapar

A

Os Fantasmas de Cassiopéia

Miguel Patrício Gomes
Enviado por Miguel Patrício Gomes em 19/11/2008
Reeditado em 19/11/2008
Código do texto: T1291599
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