SEMPRE HAVERÁ PAIXÃO
Cartas da paixão imperam descritas nas faces reféns;
Representando seus bens, conquistados por prantos em guerra;
Instintos racionais na mansidão da fera, são vindas de aquéns;
Marcas de alguém que nasce além, e dentro em nós jamais se encerra!
Ataques de paixão machucam com aroma de flor e astúcia de espinhos;
Seus pergaminhos são escritos com tintas salgadas e dúbios fatos;
Tornando olhares em campos minados, furtando luz em descaminhos;
Criam fantasmas iludidos em meros carinhos, permitem passos alados!
Felicidade extrema é sua leitura publicada em plena fronte;
Porque paixão é confissão em alto monte, propagando sua crise;
Fazer com que se auto-realize é seu mais obcecado horizonte;
E não esgota sua fonte enquanto houver o monte surreal que lhe revive!
Quem nunca leu ou escreveu uma carta de paixão?
Por trás de uma contida feição se esconde a vítima de seu potencial;
Na ponte entre o incomum e o convencional, só quem percorre é o coração;
Vive-se sem água e pão, mas uma vida sem paixão é anormal!