SEMPRE HAVERÁ PAIXÃO

Cartas da paixão imperam descritas nas faces reféns;

Representando seus bens, conquistados por prantos em guerra;

Instintos racionais na mansidão da fera, são vindas de aquéns;

Marcas de alguém que nasce além, e dentro em nós jamais se encerra!

Ataques de paixão machucam com aroma de flor e astúcia de espinhos;

Seus pergaminhos são escritos com tintas salgadas e dúbios fatos;

Tornando olhares em campos minados, furtando luz em descaminhos;

Criam fantasmas iludidos em meros carinhos, permitem passos alados!

Felicidade extrema é sua leitura publicada em plena fronte;

Porque paixão é confissão em alto monte, propagando sua crise;

Fazer com que se auto-realize é seu mais obcecado horizonte;

E não esgota sua fonte enquanto houver o monte surreal que lhe revive!

Quem nunca leu ou escreveu uma carta de paixão?

Por trás de uma contida feição se esconde a vítima de seu potencial;

Na ponte entre o incomum e o convencional, só quem percorre é o coração;

Vive-se sem água e pão, mas uma vida sem paixão é anormal!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 18/11/2008
Código do texto: T1290344
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