Amor e ódio

Amor e ódio

Que fazer?

É vê-lo partir de repente

E ter que segurar a emoção

E ter que calar toda razão

Ficar maltratando o coração

Tirando-o da minha mente...

Odeio, mas como amo!

Beijo, mas que repulsa!

Nos escombros, que crueldade!

Sentir tanto amor de verdade

Sentindo ódio, com felicidade...

Um ódio tamanho que beijo

Este amor desesperado

Um amor com jeito de coitado

Este meu amor abençoado

É um ódio de amor, apaixonado...

Que bom transformar água em vinho

Tirar todas as mágoas e espinhos

Transformando as mazelas da vida

Deitar e dormir a noite sentida

Nos braços do amor, adormecida...

Que bom estreitar-me em seus braços

Nos carinhos, nos seus mormaços

Que alentam os meus fracassos

Tão bom sentir em anseios

Cochilando amor em meus devaneios...

Aperto seu peito com mágoa

Beijo seu carinho que deságua

No mar do meu desespero

Nas ondas dos meus apelos

Amor e ódio, como sabê-lo?...

Bom demais as juras sussurradas

São de paixão tão bem faladas

Criam promessas nos meus desejos

Que bom ter você e os seus beijos

Seus afagos tão descontrolados...

Amar e odiar no capricho

São máscaras sorrindo ódio

São semblantes puros de amor

Quanto mais sinto o temor

Mais amo você, que horror!...

Não sei mais se odeio

Ou se amo demais

Meu peito é meu anseio

Sua vida, meu esteio

No ódio, meus devaneios...

Myriam Peres

Myriam Peres
Enviado por Myriam Peres em 18/11/2008
Código do texto: T1289972