VEJO O INVISÍVEL NOS TEUS OLHOS...(Poema vagamente baseado no “Ensaio sobre a cegueira” do grande José Saramago, e também em algumas músicas futuristas que por estes dias ando a ler na antevéspera de retomar a continuação da minha segunda novela)- P.F VII
Estou cego
Não sei se de Amor
Não sei se de facto
Vejo tudo branco
Mas sei bem o que faço
Pois os teus olhos distantes
Fazem palpitar em mim
Diferentes sensações
De tempos idos
De tempos que virão
Esses olhos
São a minha suprema indicação
Pela razão
Tão vasta
Como infinitos poemas
Coisas divinas
Que penso valer a pena
Olhos
Duma beleza impossível
Que me são sagrados
Pelo belo que são
E porque neles
Consigo ver o Invisível
E eles são
A minha suprema chama
Que diviso na escuridão
Eles são o Chamamento
Ao qual respondo
Com o máximo que possuo
Com a minha
Imensidão
Porque te Amo
No passado
No futuro
Mas não sei se no presente
Sei
Que eles possuem
O cerne do meu afecto
Um eterno calor
Não visível
Mas por demais latente…