ISSO É AMOR

Quando o limite da razão é violado por âmagos afins;

E a face resplandecente dos querubins resolve habitar em um sorriso;

E o desaviso é o único portal a proteger os íntimos jardins;

Quando em seus confins, os humanos anelos se tornam um paraíso!

Quando o paladar das uvas é seiva do ósculo furtado;

E o único cuidado tomado é mero ignorar a todos os perigos;

Quando os procederes ponderados são inimigos, e o impossível é almejado;

Sendo a ausência insuportável fardo e a prudência desrespeitado artigo!

Quando as asas do pensamento são evidente feição da denúncia;

E não pode haver renúncia, nem se conjugam verbos desistentes;

Quando instantes ausentes são deprimentes e passa a ser talvez o que foi nunca;

E fragmentos de um sonho se junta, tornando uníssonos dois entes!

Quando os sintomas descartam diagnóstico oposto;

E o gosto de um alguém que nem se tem é o sabor imperador;

Quando a esperança comunga com a dor e o coração atua disposto;

Quando o sentimento ilumina o rosto, chama-se isso de Amor!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 15/11/2008
Reeditado em 09/12/2008
Código do texto: T1285493
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