Tua Oferta...
Minha oferta...
Não te ofereço um mundo cor-de-rosa
Nem vou roubar estrelas à amplidão,
Para depois, fremente de emoção,
Depô-las todas aos teus pés, formosa!
Nem rasgarei por ti meu coração
Como canta o Poeta, em verso ou prosa,
Nem te direi que és a mais formosa
De todas as mulheres! Por Deus, não!
A tais ofertas vãs, prefiro as minhas,
Protestos puros como os olhos teus,
Ainda que eu seja um triste sonhador...
Só te direi, querida, que eu te amo,
Que és aquela por quem sofro e clamo,
E apenas te ofereço... O meu amor!...
(Este soneto, recebi de um amigo,
D. Garcia há
mais de 30 anos! Não sei
se é de sua autoria,
mas creio que sim.)
TUA OFERTA...
Ó caro poeta, o teu soneto é lindo!
Amarelada folha o contém agora...
Anos se passaram, teu amor é findo,
E já me esqueceste a muito, nesta hora!
Mas foi agradável recebê-lo então,
Quando no verdor dos meus quinze anos!
Foi uma oferta cheia de paixão
De “apaixonados: tornam-se insanos”!...
Quase de crianças, este amor nascia
Trazido pelo vento da fresca maresia
Quando à juventude nos empolga, e quanto!...
Nunca te amei. Mas a tua oferta
Foi presente doce, de amor. Mas foi incerta,
E a Musa te deixou... Sofreste tanto!...
Nunca te escondi que o meu coração
A outro pertencia já e desde então...
... Mas este não me deu a oferta do seu canto!...