Para que falar?...

“Senhora, bem desejaria eu falar!

Porém, de tal maneira me tolhe o amor,

Que, por querer falar,

Eu queria poder não amar!...”

(Recebi de um amigo, F. Z. Reis, há mais de trinta anos! Penso ser de sua autoria, mas não tenho certeza!)

Quando um amor é um amor imenso

As palavras mudas falam mais que outras...

E são pelo olhar de um amor intenso

Que são por nós ouvidas! Sem falar nas outras

Que se manifestam no tocar de mãos,

Nos pensamentos, que, mudos, se completam,

Numa sintonia onde sons vêm e vão,

Pois outras linguagens ao amor se prestam...

Há nestes silêncios longos versejar...

São noites silentes prontas para amar,

São manhãs douradas, lindas, reluzentes...

Os olhares mudos, mas que tudo falam,

São despercebidos dos que não exalam

Este amor profundo de estrelas nascentes...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 15/11/2008
Reeditado em 16/11/2008
Código do texto: T1284521
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