NUNCA MAIS - II
Nunca mais quero ouvir
falar qualquer coisa
sobre esse sentimento, que todos
chamam de amor. Ele chegou algum
tempo atrás, e como um inconseqüente
arrasou o que encontrou pela frente.
Sem retardar, entregou-me a desilusão,
os meus momentos de paz,
transformou em desalento.
Não quis saber de meu afeto,
e nem daquilo que mais precisava,
simplesmente partiu minha aliança
em mil pedaços...e
depois, não procurou saber se sobrevivi.,
ou, se de mim alguma coisa restou.
E pensar que um dia engalanei
minha forma desajeitada de ser,
só para receber este sentimento,
que surgiu como as primeiras
notas de uma canção de amor.
Ampliei o postigo do meu coração,
que mal filtrava minha convicção,
só para poder sentir as coisas
gostosas que diziam florescer...,
aquelas coisas boas que a vida
deixa escapar em seus momentos de vacilo.
Chegou tal qual uma florzita
que nasce no asfalto,muito bem
decorada pela natureza com suas
tonalidades diferentes, mas que fenece sozinha,
quando os últimos raios do sol,
desaparecem no horizonte.