A FLOR PLEBÉIA
Menina rejeitada, que habita no além mar de todos os padrões;
São tuas minhas inspirações, são teus meus versos;
Que teus plebeus complexos sejam avistados aquém de teus portões;
Recebo tuas fascinações e as meigas ilusões em teu amor imersos!
Por mais que não te julgues compatível, eu amo teu silêncio inocente;
O teu olhar que me entende, a tua tímida maneira de me seguir;
Teu sonho a me chamar posso ouvir, e o teu aplauso reverente;
E teu falar tão docemente, que tão profundamente diz me traduzir!
Princesa dos encantos, que se entende desprezível;
O meu carinho é indizível, meu coração repousa em teu mundo rosa;
Tu és meu canto em prosa, minha visitação mais aprazível;
E digo que no teu nível, poucas são comparavelmente formosas!
Que teu discreto castelo perceba oportunamente que nele estou;
Tal como o meu calor, vertido nessa honesta gratidão que te oferto;
Meu beijo te entrego decerto, qual orvalho afagando uma flor;
Obrigado por teu amor - és o sol que ajuda teu poeta a não trilhar por rumo incerto!
"Sou desses que preferem assistir todas as cenas esquecidas pelo espetáculo"