A FLOR PLEBÉIA

Menina rejeitada, que habita no além mar de todos os padrões;

São tuas minhas inspirações, são teus meus versos;

Que teus plebeus complexos sejam avistados aquém de teus portões;

Recebo tuas fascinações e as meigas ilusões em teu amor imersos!

Por mais que não te julgues compatível, eu amo teu silêncio inocente;

O teu olhar que me entende, a tua tímida maneira de me seguir;

Teu sonho a me chamar posso ouvir, e o teu aplauso reverente;

E teu falar tão docemente, que tão profundamente diz me traduzir!

Princesa dos encantos, que se entende desprezível;

O meu carinho é indizível, meu coração repousa em teu mundo rosa;

Tu és meu canto em prosa, minha visitação mais aprazível;

E digo que no teu nível, poucas são comparavelmente formosas!

Que teu discreto castelo perceba oportunamente que nele estou;

Tal como o meu calor, vertido nessa honesta gratidão que te oferto;

Meu beijo te entrego decerto, qual orvalho afagando uma flor;

Obrigado por teu amor - és o sol que ajuda teu poeta a não trilhar por rumo incerto!

"Sou desses que preferem assistir todas as cenas esquecidas pelo espetáculo"

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/11/2008
Código do texto: T1283300
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