JURAS DE AMOR
Tarcísio R. Costa
Hoje não pude falar
Com o meu amor,
Aceitei isso como um castigo...
Fiquei amuado, falando só,
Perdi as estribeiras,
Disse mil e uma besteiras,
Cocei a cabeça, impaciente,
Não falei mais com ninguém...
Tudo para mim deu errado,
O celular descarregou,
Estava sem o carregador...
O telefone da minha casa emudeceu,
Não pude avisar ao meu amor
Que horror!
Fiquei baratinado,
Andando pra lá e pra cá,
Lembrando do cheiro dela,
De nós dois cochichando
Aquelas coisas gostosas,
Próprias do amor...
Lembro dos seus olhos,
Olhando para mim,
E eu olhando para os olhos dela...
Estou desorientado, sem ação!
Vou rezar para ela sonhar comigo...
Que nesse sonho eu lhe faça carinho,
Para alegrar o seu coração.
Amanhã, no amanhecer,
Vou pegar a mais linda flor,
Entregá-la a um “motoboy”
Para levar paro meu amor.
Junto vai um cartão,
Pedindo perdão,
Por aquilo que não fiz...
Sei que ela vai gostar,
Quem sabe,
Vai logo me perdoar...
Quando a gente
À noite se encontrar,
Vai ser "Um Deus nos acuda",
Vamos tirar o atraso,
Vou enxugar as suas lágrimas,
Com aquela flor.
Vamos, pela milésima vez,
Fazer juras de amor!
Tarcísio Ribeiro Costa