Clarão

Te olho, te amo, te viro pelo avesso
Desapareço, sou força, sou vida
Sou vento, lamento sem endereço
Apreço do amor, o tudo varrido.

Sou água, sou fogo, o jogo vencido
Se amo reclamo, se odeio castigo
Se bato sou chato, te ponho em perigo.

Sou deus da bondade, não penso
Em maldade, vivo pra desproteger
Se fecho a boca, na ânsia louca
Sinto os dentes lá dentro a ranger.

Pra dizer a verdade, venho
Da suavidade da madrugada
Aurora que agora se põe a nascer.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 14/11/2008
Reeditado em 14/11/2008
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