Meu amigo, meu amor
Não é tua palavra que quero
Porque palavra se perde
No tempo e no vento
Como folha que vaga
Já seca e sem vida
Em tarde de outono
Não me prometas nada
Mas me faça companhia
Conte-me tuas histórias
E me arranque sorrisos
Ao ouvi-las repetidamente
Pela milésima vez
Não espero nada de ti
Porque já tenho tudo:
A intimidade cúmplice
A companhia de todas as horas
E a amizade que sela teu amor por mim
Ainda que não me namores