O fruto da noite
O fruto da noite no
da carne a dor que
permeia a alma.
Fria performance tecida
com fios de tristeza,
lágrimas cristalizadas
em olhos opacos.
A tênue teia urdida
no espaço da memória
narrada de uma vida
refletida em determinado
momento da história.
Nenhuma fugacidade
na chama da incerteza,
apenas a personagem
do desenredo lingüístico,
no sentimento esquecido
em alguma gaveta da alma.
O fruto da noite é o que
arrebenta a casca,
rompe a semente e se
dilui nos olhos
vestidos de água.