ELA e ELE: SUBLIME LOUCURA
O amor, amigas, amigos,
causa loucura ou talvez esta o produza...
Talvez também por isso aos amantes
o dia lhes parece magnífico:
justamente esse dia em que o vento
balança gerânios e rosas e açucenas
e gentis nuvens, lá, nas alturas dos corações
Porque os amantes, ela e ele, ele e ela,
se sublimam nas expansões carinhosas do seu ser:
estado de serenidade estranha,
de silêncios gritantes em companhia,
de afetos fogosos como brasas em turbilhão.
É a Vida, é a ligação querida dela nele, dele nela:
Oxigênio inebriantemente mútuo,
que os transmuda em anjos carnais,
ou em corpos espirituais,
ou em drenagem piedosa de amores em fusão
Não há formulários fixados nem roupa precisa...
Apenas lençóis de linho ou de seda na lenta escuridão:
luares ternos, brandos, amorosos, compassíveis,
purificam gestos e carícias que a lascívia dirige
Quentura vibrante, impossível de arquivar:
Cada ato é único e impredizível: Amor, Alegria
e encarnação de todos os dias num só instante.
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Ao Nelci Nunes O FALADOR cujo conto "Auto Poema de Sublimação" (comentário, em 12/11/2008 09:43, para o texto "Ela e ele: E se não forem precisas...", T1279144) ) me inspirou este texto.