Flor Murcha

No pulsar de um coração magoado

nos cabelos de vento amarfanhados

sente a alma o desgosto

O mar tempestuoso

instala-se em seu esvaziado corpo

revoltando as suas entranhas

A caravela do coração

quase naufragada

arria as suas lacrimosas velas

E o mar bravio levanta

suas ondas arrebentando o casco

arremessado o sonho

E a criatura abandonada

sente a fina lâmina do punhal

atravessando o seu peito

A flor do amor esta murchando

sem rega, adubo nem poda

que a vivifique

Sabe que da flor que fora um dia

cultivada com carinho

restou apenas a mulher ferida

Quase afogada no mar bravio

ainda tem forças de olhar para o alto

para uma tênue réstia de luz

Morrer

Ressuscitar

Repensar

Recomeçar

Renovar a vida!

Santos, SP

24/03/06

19:54 HS

Guida Linhares
Enviado por Guida Linhares em 24/03/2006
Reeditado em 11/04/2006
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