Não sou nada
Escondi de mim quem de fato eu era
Uma amante dos sonhos
Uma doce quimera
Nem existo de fato
Já fiz um novo contato
Só pra provar que sou aquela
Fiz a ingratidão se doar
Fiz a tristeza sorrir
Fiz o amor se entregar
Se não existo de fato
Qual o meu retrato
O que faço por aqui
Sou uma alma deserta
Uma figura incerta
Na rua sem dono
Sem chance de ser predileta
Sem que ninguém me perceba
Então quando a noite chegar
E eu tiver que partir
Nem vou saber se morri
Nem vou saber se vivi...