UM OLHAR DE AMOR

Quando te encontra em tom solene o meu olhar;

Ele parece jacular dos mesmos rios que te fazem de fascinação;

Pujante ostentação que se infunde dentre o meu desequilibrar;

Pois o predicativo do meu olhar é teu pomar de inundação!

Alguma coisa lindamente inaudita, algum fonema claramente singular;

Bate às portas do meu olhar, mediante o teu surgimento;

Inconjugável sentimento sem detrimento de um infinito obstar;

Reter o meu amor não dá, é forte como o mar no enfurecimento!

Andanças nessa plaga, jamais trouxeram a mim comparável visão;

Parece hipnótica projeção, n'algum momento concebida por miragem;

É que me encanta tua paisagem, a ponto de tornar até o céu anão;

E me limito à imprevisão de onde chegará o meu olhar nessa viagem!

Eu peço ocasos invencíveis para essa nossa lonjura apartante;

Quero documentar em nosso instante, os aprazíveis desse ardor;

Ao meu olhar peço favor, que me ajude a traduzir seu transe intrigante;

E me embriagar no teu semblante, qual incurável ébrio do amor!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 11/11/2008
Código do texto: T1277957
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