UM OLHAR DE AMOR
Quando te encontra em tom solene o meu olhar;
Ele parece jacular dos mesmos rios que te fazem de fascinação;
Pujante ostentação que se infunde dentre o meu desequilibrar;
Pois o predicativo do meu olhar é teu pomar de inundação!
Alguma coisa lindamente inaudita, algum fonema claramente singular;
Bate às portas do meu olhar, mediante o teu surgimento;
Inconjugável sentimento sem detrimento de um infinito obstar;
Reter o meu amor não dá, é forte como o mar no enfurecimento!
Andanças nessa plaga, jamais trouxeram a mim comparável visão;
Parece hipnótica projeção, n'algum momento concebida por miragem;
É que me encanta tua paisagem, a ponto de tornar até o céu anão;
E me limito à imprevisão de onde chegará o meu olhar nessa viagem!
Eu peço ocasos invencíveis para essa nossa lonjura apartante;
Quero documentar em nosso instante, os aprazíveis desse ardor;
Ao meu olhar peço favor, que me ajude a traduzir seu transe intrigante;
E me embriagar no teu semblante, qual incurável ébrio do amor!