Adeus!
Eu amei você com tanto encanto,
E queria isso pra vida toda
Sua covardia, no entanto
Levou-me à bancarrota!
Eu fiz planos com você,
Sonhei com casa, jardim e café da manhã
E me diz com tanta calma, agora
Não passou tudo dos meus desejos, afã.
E me dou ao trabalho nesta hora
De me esfregar a pele até sangrar
Purificar-me do seu prazer, apagá-la da minha memória
Com os seus olhos não mais me enganar
Vou cuspir os seus beijos
Lavar o gozo seu
Choro, grito e gemo
Da dor de me permitir outra vez a ilusão
Eu quero morrer, quero me esvaziar
Quero, à partir de agora, apenas fingir viver
Ser feliz, como tentei ser ao seu lado
Eu encaro como o grande blefe do "ser"
Saia agora pela porta da frente
Porque pela dos fundo saio eu
A sua dignidade e aparência continuarão intactas
Porque sou eu sempre a dar a minha cara à tapa...
Adeus!