Tua sede de mim me apavora.
Mas deixo-me sugar ao seu bel prazer.
Tornei-me um fantasma a tua espera,
Sedenta de teus beijos em meu jazer.
Escrava desta loucura que me arrosta.
Sempre em busca das delícias do terror.
No entanto sei que à mesa posta,
O prato principal é minha dor.
De mim só desejas o alimento que te sacia.
Deixando-me despida de pudor.
Na campa de mármore repouso fria,
À espera de outra noite de amor.
SP/31/10/2008