Noite silente

A noite silencia a cidade

e inquieta o meu coração.

O relógio da sala bate

pausadamente marcando as

horas e dentro da alma uma

réstia de angústia habita o peito.

A solidão chega sem

ter marcado encontro comigo,

mas eu sabia que ela viria

mesmo assim.

Invade meu pequeno quarto

enquanto meus olhos

pousam nos livros e a

mão escreve no branco

do papel as impressões

do sentido, a fragilidade

do momento.

A noite avança silente

nas asas da imaginação

que busca na

ilusão a esperança

de um sentir diferente.

O tempo, entranhado

nas horas, diz, impiedoso,

que passará deixando a

solidão impregnada

em mim.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 09/11/2008
Código do texto: T1274391
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