Disparada

A noite encobre à deserta e triste estrada...
Mais além a calmaria, hermética e silenciosa,
O fenômeno acústico suave vem chegando
Em disparada e adventícia marcha harmoniosa

São Etês que retornam das escuras;
Vêm felizes, vêm risonhos, vêm alegres,
Cujos olhos abertos vão iluminando
A cordilheira cinza-obscura do passado...

E a floresta crepita, mexe e remexe o sonho
Da disparada a singeleza que a vida acalenta
Perde-se minuto após no meu olhar bisonho...

E a calmaria outra vez melancólica se declina,
E brilhante, imaculada, suave e amorosa
A lua a deserta e triste estrada ilumina.
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 09/11/2008
Reeditado em 09/11/2008
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