Amor oculto

Se a saudade que dói, o silêncio que habita
À solidão, e faz gritar no peito a razão
Que maltrata, tudo o que envaidece, tudo
O que a alma engrandece, na face a paixão;

Se se nutrisse de condição o coração que chora
Para enxergar que amor não é paixão,
Quanto ser, talvez, que ama agora
Estivesse distante, muito além da solidão!

Quanto ser que lamenta, e, talvez, consigo
Mesmo carrega, visível lembrança,
Como imperceptível saudade no coração!

Quanto ser que lamenta, talvez subsiste,
Cujo em felicidade exclusiva persiste
Dizendo aos demais que ninguém o ama!

Ò Deus, talvez em vão por isto teu nome proclame
!
R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 08/11/2008
Reeditado em 08/11/2008
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