O BARRACÃO DA SAUDADE

Nesse dia, que esta quase amanhecendo,
dentro desse carro, sozinho estou revendo,
esse velho, solitário e saudoso barracão.
Aqui em silêncio, estou mergulhado na tristeza,
nada vale, se hoje estou vivendo na riqueza,
nesse barraco,ficou pedaços de meu coração.

Olhando, e como se retornasse ao passado,
esta alí, aquela com quem tenho  sonhado,
não pode saber, que está tão perto de mim.
Comigo eu sei, que não está mais sonhando,
deve ter se cansado, de ficar relembrando,
o jeito triste, que nossa união chegou ao fim.

Pobre barracão, casa que em amor foi muito rica,
coberta de neblina, solitária, a meus olhos fica,
e que lá dentro está, a razão da minha tortura.
Choro, mas sinto que a emoção não esta morta,
tenho vontade louca, de entrar por aquela porta,
só para rever, aquele meu olhar de ternura.

Deixe que durma em silêncio, no pobre abrigo,
e certo que me considera como um inimigo,
embora sei, que viveu sozinha e sem ninguém.
Essa mulher que não quiz mudar do barracão,
deixe a que durma, vou respeitar sua solidão,
deve sofrer, um dia, foi desprezada por alguém.

 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 07/11/2008
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