SIMPLICIDADE
lisieux
Queria um amor cotidiano
mas que não fosse igual, a cada dia,
amor cheinho de idiossincrasias,
de carícias e gemidos,
dor e êxtase.
Queria um amor com muitos cheiros:
de café fresco e de feijão queimado,
de meias sujas e lençóis lavados,
desodorante e água de colônia.
Queria um amor índigo blues,
daqueles que se usa a toda hora,
segunda pele que nunca se tira,
quentinho e confortável como quê.
Queria um amor drops de menta
ao mesmo tempo tão ardente e fresco
e que nos causa doce sensação.
Amor sem hora e sem itinerário
mas que trouxesse preso,
- voluntário -
em fortes laços o meu
coração.
BH - 10.03.060
5h45m