NÃO DEVOLVEU, NÃO GUARDOU
Não devolveu, não guardou.
Ontem,
Ouvindo sua voz
Fria e distante
Tentando sem muita convicção
Me expulsar do seu coração
Eu tentava imaginar seu rosto
Saber dos seus olhos
Se realmente isso
Que quer seu coração
Na verdade não sei o que pensar
Sei que não houve promessas
Não há o que prometer...
Mesmo sem saber
Qual seria sua reação
Abri minha vida
E coloquei em suas mãos
Você segurou com carinho... E só
Não devolveu,
Não guardou
Eu fiquei esperando,
Estou esperando
Seus olhos dizem sim
Suas mãos insistem no não
Quando nos encontramos
Eu sinto sua respiração ofegante
Mas você insiste em fugir pela tangente
Às vezes acho que você não quer
E você me derruba
Como aquele toque dos pés
Ou mostrando seu sorriso criança
Gosto bastante dele
E queria te pedir
Nunca deixe de sorrir
Mesmo se o mundo tentar
Te impedir
E quando penso que estou abafando
Você me afasta
Com os olhos
Vezes tristes, vezes sérios.
Entendo seu sentimento
Em relação à traição
Mas guardo comigo
Em conselho amigo
Há tempos ouvido
Não posso trair meu sentimento
E o meu quer você
No momento só você
Aquela noite,
Enquanto você transpirava desejo
Minhas mãos descobriam seu corpo
E em silêncio eu ouvia
Seu grito contido
Querendo muito te beijar
Mas antes mesmo de tentar
Você foi se deitar
Sozinho eu tentava
Criar coragem para ir te buscar
Mas sua vontade
Foi mais forte que a minha
E mais uma vez perdi...
Não sabia se você dormia,
Acredito que não
Mas você não veio
Acalentar meu coração
E eu fiquei sem sim,
Fique sem não
Se você quiser eu paro.
Paro de coração aberto
Pois respeito sua decisão
Só não quero vê-la
Se afastar
Se você pedir eu paro
Só não me peça para esquecer
Que isso eu não posso...
E não quero fazer.