NO FRIO DA MADRUGADA
No Frio da Madrugada
Quando o sono se perde
No ensurdecedor e inquietante
Silencio da madrugada,
Vi enlouquecer o amor,
Desejá-lo distante do perfeito equilíbrio,
Vi dormir o sol,
Acordar a lua,
Em movimentos inversos
A cada fração de tempo,
O olhar fixo numa tela pendurada na parede,
O mesmo que nada,
O pensamento inerte no amor desconhecido,
A loucura remete
A um distante e já esquecido passado,
Passado, verdade,
Distante, talvez,
Esquecido, jamais!
Guardado e adormecido ao lado do mais precioso bem,
Não pode relembrar do que nunca deixou de ser ou se esqueceu,
É como o ar,
O alimento,
O chão que toca o pé,
Longe o horizonte onde o olhar foge,
Mas não se perde,
É o prazer, é o êxtase,
O sabor do corpo ardente em delírio,
Marcas selvagens do auge total,
Na madrugada fria,
Em que não me fiz vencido,
Veio-me como em paginas de um livro,
Seus sonhos,
Seus cabelos,
Seu sorriso,
Seu tempo de juventude,
Onde tudo era possível e perfeito,
O sexo como promessa,
De que o amor só tinha nossa direção,
Rumo tão carente de um lugar,
Tão santo como nosso interior e devoção,
Pelo impassível desejo de estarmos unidos,
Pela paz do espírito do indecifrável.
By Everson Russo
evrediçõesmusicais®
May 14-2005
11:26:33
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