NO FRIO DA MADRUGADA

No Frio da Madrugada

Quando o sono se perde

No ensurdecedor e inquietante

Silencio da madrugada,

Vi enlouquecer o amor,

Desejá-lo distante do perfeito equilíbrio,

Vi dormir o sol,

Acordar a lua,

Em movimentos inversos

A cada fração de tempo,

O olhar fixo numa tela pendurada na parede,

O mesmo que nada,

O pensamento inerte no amor desconhecido,

A loucura remete

A um distante e já esquecido passado,

Passado, verdade,

Distante, talvez,

Esquecido, jamais!

Guardado e adormecido ao lado do mais precioso bem,

Não pode relembrar do que nunca deixou de ser ou se esqueceu,

É como o ar,

O alimento,

O chão que toca o pé,

Longe o horizonte onde o olhar foge,

Mas não se perde,

É o prazer, é o êxtase,

O sabor do corpo ardente em delírio,

Marcas selvagens do auge total,

Na madrugada fria,

Em que não me fiz vencido,

Veio-me como em paginas de um livro,

Seus sonhos,

Seus cabelos,

Seu sorriso,

Seu tempo de juventude,

Onde tudo era possível e perfeito,

O sexo como promessa,

De que o amor só tinha nossa direção,

Rumo tão carente de um lugar,

Tão santo como nosso interior e devoção,

Pelo impassível desejo de estarmos unidos,

Pela paz do espírito do indecifrável.

By Everson Russo

evrediçõesmusicais®

May 14-2005

11:26:33

evr.russo@uol.com.br

www.evr.russo.blog.uol.com.br

www.givemeshelter.zip.net

www.oultimobarcodoplaneta.blogspot.com

Everson Russo
Enviado por Everson Russo em 07/11/2008
Código do texto: T1270249
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.