Rosa rara


O solo é quente a água é pouca
a rosa rara vive das gotas.
O barro é macho a água é moça
e do amasso nascem tijolos.

As flores abrem-se com o calor
pra namorar com o beija flor.
A noite cai vem o frescor
e nos quintais perfumes e cores.

A alma valsa no coração puro
e o amor faz-se seguro.
O braço passa sobre o pescoço
mas os olhares inibe o moço.

A honra age como um estrume
a rosa cresce neste mundo.
O tempo passa o cravo assume
e a rosa cede o seu perfume.
Ulisses Maia
Enviado por Ulisses Maia em 06/11/2008
Reeditado em 07/11/2008
Código do texto: T1269887
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