Entrelaçados
Sob o solo da lua, derramo meus anseios e medos, danço na ponta dos pés, em nuvens de algodão me deleito.
Almejo vê-lo entre as estrelas do firmamento vagando sobre o manto escuro, tateio com a ponta dos dedos, sugando o doce mel dos lábios.
Entre carícias entrelaçados, junção de corpos na mesma sintonia, flor desabrocha na calada da noite perdida em fragrâncias.
Suavidade elevada aos céus, toma-me pela cintura, dança comigo, nas entrelinhas da fantasia e realidade, escuta o que o coração diz com eloqüência, basta apenas entregar-me de corpo e alma sem receio.
A relva da madrugada chora suas mágoas nos braços da saudade, quisera parar o tempo, eternizando o despertar da aurora, onde nossas almas libertas sobrevoavam o mar, em ondas navegando, o amor aguçando em meu ser...
Seguindo teus rastros na areia, vaguei ao infinito.
Escrito
22.03.2006
Por Águida Hettwer