(Imagem: Ronda Noturna - Rembrandt)
Música: Prodigal - BenWassel )
No jardim da vida plantei uma árvore,
Uma daquelas que vive mais de cem anos
E coloquei nela meu amor, minha esperança.
Orgulhei-me da árvore e sei que ela faz parte de mim,
Pois, foi gerada da terra e alimentada pelos meus sonhos.
Na seara da vida gerou um fruto,
Um fruto dos sonhos e de meu eterno amor,
Que nasceu pequeno e tenro, que cresceu muito forte...
E que hoje carrega em seus veios o sangue do meu sangue
A perpetuar o meu eu além do tempo, além da vida e da morte.
Meu modesto pensar coloquei no papel.
Fingi que era Deus, senhor da vida e do tempo.
Os personagens por mim criados ganharam vida
E modestamente, coloquei-os à apreciação do leitor.
Para lhes conferir existência, magia, encanto e eternidade.
Tive filho, plantei árvore e escrevi livros.
Na vida amei, construí, e acima de tudo deixei
Uma obra incompleta que o tempo a completará.
E por viver em plenitude não temo a ignota morte,
E para não morrer completamente: deixo a minha obra...