(Imagem: Ronda Noturna - Rembrandt)
Música:  Prodigal - BenWassel )

No jardim da vida plantei uma árvore,

Uma daquelas que vive mais de cem anos

E coloquei nela meu amor, minha esperança.

Orgulhei-me da árvore e sei que ela faz parte de mim,

Pois, foi gerada da terra e alimentada pelos meus sonhos.

 

Na seara da vida gerou um fruto,

Um fruto dos sonhos e de meu eterno amor,

Que nasceu pequeno e tenro, que cresceu muito forte...

E que hoje carrega em seus veios o sangue do meu sangue

A perpetuar o meu eu além do tempo, além da vida e da morte.

 

Meu modesto pensar coloquei no papel.

Fingi que era Deus, senhor da vida e do tempo.

Os personagens por mim criados ganharam vida

E modestamente, coloquei-os à apreciação do leitor.

Para lhes conferir existência, magia, encanto e eternidade.

 

Tive filho, plantei árvore e escrevi livros.

Na vida amei, construí, e acima de tudo deixei

Uma obra incompleta que o tempo a completará.

E por viver em plenitude não temo a ignota morte,

E para não morrer completamente: deixo a minha obra...

Roberto Pelegrino
Enviado por Roberto Pelegrino em 06/11/2008
Reeditado em 30/11/2008
Código do texto: T1269222