Preciso de mãos!
Preciso de mãos!
Não vou me entregar!
Cansei de tombos, tontos...
Há cicatrizes,
E existem feridas que ainda não cicatrizaram.
Você não sabe o que é dor.
Nem repara em meu sofrer,
Não vê minhas lágrimas, em silêncio...
Sangrando.
Mas poupe-me de sua misericórdia fria.
Tudo que menos preciso é tê-la.
Mesmo no fundo deste poço,
Estou de pés firmes...
Olho a luz, em cima,
Só preciso de mãos estendidas às minhas...
Se forem as suas,
Não me entregarei.
2009.
Numa tediosa tarde em Icó.