DEIXA-ME
Deixa-me dizer-te, sussurrando
ao teu ouvido,
te afagando,
atrevido:
- Tu és minha e
eu sou teu!...
Deixa-me te amar nos sonhos meus,
no perpétuo instante
delirante
sem haver adeus!
Deixa-me acordar
assim pensando
que esse doce sabor
de amor
que o meu lábio sorveu
se reverteu
num ritual
no qual
o silencioso templo do meu corpo
celebrou teu cansaço
no meu braço
num sono que em nós se abateu.