ELA e ELE: CELHAS...
Ela ignora o tópico usado
pelos clássicos do Renascimento e do Barroco...
Mas pratica-o: As suas celhas, arco
divinal, lançam dardos luminosos
ao coração ainda não namorado...
E, como o Eros cego e enfadonho,
muda-os em fatais venábulos
que fazem com que até o varão não disposto
obedeça da amada o império brando...
Ele também ignora o tópico, mas consente
feliz com que as flechas de luz trespassem
fervoroso coração padecente...
E, solene, declara que sempre, sempre, sempre
será fiel à ferida do amor, mas... nunca se sabe...