Do amor que me tinhas...
Sei que é pouco o que disponho
Queres amor feito de sonhos
Enquanto vivo realidades
Juntei as fomes, perderam-se as vontades.
O amor que me tinhas era pouco e se acabou
Afinal será que um dia começou?
Embalado pelas horas de solidão
Embebo involuntariamente meu coração
Esse músculo cansado que bate querendo estar ao seu lado
Das gotas de saudade do passado
Sei que não podemos ser tudo que outros querem, mas podemos
Ser o que queremos...
Sem precisar esquecer quem somos.
Era pouco e se apagou.
O brilho que contemplamos
Ao luar solitário de uma noite eterna
Imersa em fragilidades fraternas
O brilho se acabou, apagou.
Como a beleza gratuita das ondas do mar que
Repentinamente se acalmam, ficamos a contemplar
A quietude do indefinido.
As mãos entrelaçadas e frias.
O coração partindo o vazio
Partindo pra um novo amor, novo mar.
Mas águas, agora calmas, são sentimentos.
O momento, pequeno espaço de tempo desmedido.
Era pouco e se acabou...
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