Vem... volta correndo pra mim...

Queria transpor o universo que nos separa,

E não ter receios de te atacar com covardia.

Supor falatórios, que a verdade não ampara.

Sem a preocupação de ter alguma garantia.

Queria esquecer, o ritmo compassado no falar.

Não me importar se a minha intenção é correta

Nem manipular um argumento, que possa estar

Mais perto de compreender uma conduta reta.

Queria estar acima deste fado, que nos condena,

Alcançar o auge do clímax de uma discussão.

Gritando a altos brados, sem ter mínima pena,

De destruir o laço respeitoso de nossa relação.

Mas não consigo, meu gênio é mais tranqüilo,

E se acomete a entender a linha de tua razão,

Quando se altera se perde e nem isso ou aquilo,

Justifica o que depois, não será digno de perdão.

Continuo assim, aos poucos te surpreendendo,

Conheço-te. Teus enjôos, logo chegam ao fim,

E depois de passado o teu desequilíbrio horrendo.

Sei que, com mil desculpas, voltarás correndo pra mim.

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 04/11/2008
Reeditado em 27/03/2009
Código do texto: T1265771
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