Vem... volta correndo pra mim...
Queria transpor o universo que nos separa,
E não ter receios de te atacar com covardia.
Supor falatórios, que a verdade não ampara.
Sem a preocupação de ter alguma garantia.
Queria esquecer, o ritmo compassado no falar.
Não me importar se a minha intenção é correta
Nem manipular um argumento, que possa estar
Mais perto de compreender uma conduta reta.
Queria estar acima deste fado, que nos condena,
Alcançar o auge do clímax de uma discussão.
Gritando a altos brados, sem ter mínima pena,
De destruir o laço respeitoso de nossa relação.
Mas não consigo, meu gênio é mais tranqüilo,
E se acomete a entender a linha de tua razão,
Quando se altera se perde e nem isso ou aquilo,
Justifica o que depois, não será digno de perdão.
Continuo assim, aos poucos te surpreendendo,
Conheço-te. Teus enjôos, logo chegam ao fim,
E depois de passado o teu desequilíbrio horrendo.
Sei que, com mil desculpas, voltarás correndo pra mim.