AMOR E ENGANO...

Quando tu chegaste

Meu pezinho estava preso

Numa gaiola dourada.

Quando tu chegaste,

Notaste angustiado

Que possuías a chave,

da minha liberdade,

Mas há havias perdido

Ao longo do caminho

Já percorrido...

Impotente ante a realidade

De tudo poder, e nada obter,

Tu me olhaste...

E, por trás das minhas grades,

Nossos olhos fundiram-se num só...

E surgiu um lago imenso de tristeza...

Que gotejava

E escorria pela face...

Minha gaiola tornou-se mais dourada

E tu notaste não haver mais tempo

De voltar, retomar a caminhada

Em procura da minha liberdade...

Nossos olhos fundiram-se num só

E, ante a tristeza imensa que raiou,

Surgiu dos olhos unidos pelo amor,

E fundidos num só olhar,

A lágrima mais triste do Universo:

A imensa lágrima de saber que se fitou

O amor sonhado e há tanto desejado

Por trás das amarras do passado...

... A barreira cruel nos separou...

E dos meus olhos e dos meus/teus olhos,

A própria lágrima nascida em nós chorou...

Chegaste tarde... E eu te esperei tanto...

E porque chegaste tarde, o amor nos castigou,

E por perderes a chave, ele nos olhou

Severo! E então nos separou...

Porque o Amor, em sua grandiosidade,

Não perdoa a quem se enganou!...

Ou quem perdeu a oportunidade...

Não perdoa a quem se atrasa no caminho

E perde a chave a quem ele ofertou...

E eu definhei na gaiola tão dourada...

E o Amor para sempre te levou...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 04/11/2008
Código do texto: T1265025
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