Ir e vir

Alguma ânsia tua

fareja-me na alma.

Traças uma carta de amor

nas curvas do teu corpo,

longe de mim

quase louco,

sem entender quase nada.

Dizes o que queres,

o silêncio fere,

mata a carne,

afoga a alma.

Se nada vem de ti,

achego-me nas entrelinhas das palavras

com um louco discurso de amor:

Se tua ânsia vier,

encontrar-me-á cedido e tanto

ao teu amor

e ao teu encanto.