É DE NOITE...
Sentando-me
À clareira
De um computador
Que me ilumina
Por ser uma Janela
Aberta a tudo
Por onde entra
E esvai
A minha dor
É de Noite…
Escuto
O sibilar do vento
Nas janelas
Será a chuva do Outono
Será o sopro
Da tua respiração
Que hesita
A entrar
Ou não será
Mais do que um fruto
Da minha
Demasiado fértil
Imaginação…?
É de Noite…
Tenho medo dela
Dos fantasmas
Que com ela
E as memórias
Me consecutivamente
Vêem assombrar
Porque estupidamente
E contra todas as evidencias
Queria Contigo
Estar…
É de Noite…
E eu ouço
O eco dos teus passos
Que se dirigem
Para algures
E não para mim
E eu acordo
Finalmente
Da insónia
Porque
Há sonhos assim…
É de Noite…