O Amor Veio Como Um Pássaro
O Amor veio a mim como um pássaro,
Trazendo beleza para uma vida sem vida,
Trazendo a cura para a dor reprimida,
Pousou na janela e ficou a me observar
Acredito que não demorará muito para ele perceber
O quanto andei por ruas tortas
Sentirá como eu senti as luas cheias que passei no relento,
Sentirá como eu senti um prazer reles por mulheres sem nome e endereço,
Sentiu isso e ainda continua por aqui?
Queres fazer ninho? Queres que eu te cuide?
A formosa e bela passa pela rua nesse instante,
Poderia lhe falar o que sinto, mas estou distante.
Espero que o Amor não vá como uma borboleta,
Querendo que eu fique apenas com a esperança,
Quanto ao Amor não sou um adulto e sim uma criança,
Que não tem paciência de esperar e ver acontecer,
Pois vai atrás e cutuca o Destino perguntando:
_ Quando será a minha vez de gozar de pleno amor?
Mas o Amor continua sendo o pássaro,
Que pode voar para outra janela e lá espalhar amor,
E se esse Amor viesse como a pomba branca,
Eu poderia ter certeza que seria o Amor Divino,
Se viesse como beija-flor seria belo, mas não poderia toca-lo,
E se eu pudesse escolher a forma como o Amor aparecia para mim,
Eu escolheria o sorriso daquela que me provoca boas sensações
E me provoca também o sorriso – reconfortante e prazeroso.
O pássaro voa da minha janela
E acompanho sua trajetória,
Ele finalmente pousa no banco da praça
Onde ela – formosa e bela – está sentada.
Ela sorri para o pássaro,
Ela sorri para o Amor
Dou um sorriso também, mas não pára o pássaro
E sim para o meu amor, pois sou teimoso e ainda tenho esperança
De que o Amor virá na forma de uma bela e formosa moça.
20/03/06