DESABAFO

CACTOS SANGRENTO

Eu que andava

sem o querer amar,

Gemendo sobre os espinhos

de seus cactos verdes.

Os braços enfraquecidos.

E essa sua fina flor na pele

Rangia em meus os ossos

e suas veias quando cruzavam com as minhas

Ora cantava e sangrava

Minha paz

Quer guerra?

Te darei minha paz.

Ouço seus cânticos

em meu peito em cacos

Gritarei minhas saudade

mesmo que saqueie

meus dias com sua ausência.

Teus beijos

é traça que coroe

meu mundo,

meu bem

seu maior mal.

Razão que te imploro,

por estar desnuda

para mim tão só.

És humana?Não!

Mas desalmada mundana.

"Muitos querem o amor

como uma cesta de doces,

mas esquecem que com os anos

os doces envelhecem e em demasia

nos ferem com o diabetes".