A PALAVRA QUE ESPERA
“Sei que minha angústia por vezes alto geme
E que meus versos trazem a minha dor latente
Sou tão poeira de um afeto que me espalho ao vento
E na ousadia de um lamento um verso partido se desprende.
Sei que assumir a dor por vezes é como amarrar a palavra
Que os traços da solidão de um amor meu corpo marcam
E que dos meus dedos fluem esses versos numa deriva cega
Contudo são as palavras escritas que bailam,me tomam e me libertam.
Mesmo assim esparramo esses versos incontidos
Espremo o sumo do sentimento e transformo em palavra
Mesmo quando a razão se despe e me enfrenta
A palavra explode em amorosos fragmentos...escorre como lava.
E o sorriso que ainda não achou graça...
A densidade do verbo que se desespera...
O adjetivo que redunde e que apaixonado se entrega...
Ficam nas minhas mãos, junto com o perfume da palavra que espera...sempre espera.”
(Karinna)
POESIA ON LINE
01/11/2008
MOTE: PALAVRA
PROPOSTO POR: ERITANIA BRUNORO