Entre sóis e luas
Um só clarão de sol
apaga toda a madrugada
após dormir os olhos escondidos,
pálpebras fechadas.
Tantos outros sóis sonho
em fraterna companhia
que nem sol nem dia
haviam despertado.
Esculpo um sol a cada dia que durmo,
vem-me radiante e frio, quase desnudo,
entre as roupas do meu sono apaixonado.
Entrego enfim as luas que dormem no meu peito
e o sol vai irradiando a brisa
e a lua da lua vem chegando acesa
e novamente sonho o sol doutro luar perfeito.