A Menina, o Amor e a Rosa
Bela rosa vermelha
Segura as mãos da criança
Enfeitam ali, divinas parelhas
Ao mundo em esperança.
São dignas em enlevo travado
entre as duas ingenuas criaturas
o humano no mundo largado
a rosa divina em candura
A menina beija candidamente
Cada pétala enternecida
Se perde, profundamente
Na bela rosa, de prazer embebida.
Em farta ternura e encanto
Induz ao anjo entristecido
Belo sorriso em lugar do pranto
Nem se lembra desse mundo doído.
O olhar da menina, amor irradia
Ao traçar suaves caricias na rosa
Enfeita, depois os cabelos e aprecia
Em alegria a se mostrar, toda prosa.
Nem percebe meu olhar de emoção
Interrompe o enlevo e vem devagar
Olha-me nos olhos, a rosa nas mãos
E oferta-me, depois de a rosa beijar.
‘’Tia, fica procê com todo meu amô’’
Tomei a bela rosa nas mãos
Engoli um soluço de alegria e de dor
Abracei-a com força em meu coração.
* Ofereço aos alunos e alunas da minha escola , que se pudessem, me veriam sempre cheia de flores nos cabelos ( em especial a florzinha, musa inspiradora deste poema).