MORENA PANTANEIRA
Por: Paulo Teodoro Oliveira
Oh! Morena feiticeira,
Doce musa pantaneira,
Cabocla dos lábios de mel!
Pele dourada, cabelo liso,
Rainha do meu paraíso,
Cândida luz de meu céu.
Vem gozar do meu abraço,
Abrandar este peito de aço
Que por ti palpita, suspira...
Num voraz desejo ardente,
Vem por este moreno fremente,
Poeta de alma caipira.
Vem cavalgar em meu cavalo branco,
Refugiar-te no verde do meu manto,
Saborear o mel das vespas silvestres,
Nesse imenso jardim abarbarado,
Soberano verde escalavrado
Que Deus assim o fez celeste.
Dedico meus ternos momentos
Descrevendo os sentimentos
Que brotam do meu inconsciente,
Exaltando sinceros louvores,
Porque canto meus amores
Jurando amar-te eternamente.
Ás margens do pujante Aquidauana
Construirei nossa singela cabana,
E nesse paraíso de riqueza colossal,
Irei abrigar-te minha pequena,
Minha Deusa, minha doce morena,
Que o mundo não tem igual.
Nesse berço de beleza
Todo encanto da natureza,
Faz-se puro e natural.
Por ti Doce rainha, choro...
Tu sabes que te adoro
Mas que o próprio Pantanal.
Oh! Morena feiticeira...
Minha deusa pantaneira,
Vem compartilhar meus valores,
Contemplar o viço do meu jasmim,
Vem tomar conta de mim
E do meu jardim de flores.
Quero amar-te sobre a areia,
Ouvir teu gemido de sereia
Desvirginando a imensidão,
Sorrir ao ver a prata lua
Invejar-te despida, nua...
E deixar o céu na escuridão.
Quando o prazer nos deixar,
E o nosso abraço afrouxar
O desejo ardente da paixão,
Nosso enlace estará consumado
Nesse rico chão sagrado,
Testemunha da nossa união.