AMOR NÃO PODE EXISTIR COM DOR!
Acosto-me às linhas tecidas com ourivesaria do peito!
O coração inclinado a saberente vive sendo pisoteado pelas vidas que surgem sem avisos,
mas vão-se afora sem anúncios levando o meu ser pelas armadilhas do sonho revelado!
Confesso-te,
neste triste calar da noite,
todos os meus gritos e
eles surgem diminuídos por não conseguirem expressar o conteúdo do mais nobre sentimento engrandecido aqui dentro de mim!
Desisto pela crueza que dedicou a mim!
Agora, aponto um sopro para amenizar os arranhões que vão surgindo pela cansativa e dorida espreita frente à porta do seu mundo!
Horas são chacinadas pela declaração unívoca deste amor que insisto entregar!...
Uno amor!
Sortilégio descomunal que fez da minha vida!...
Sem traços marcantes e com retratos esfarrapados de um cenário inebriado pela sua altivez!
Não me surpreendo pelo desdém,
pois soube em pouco tempo que o contexto do vazio já desenhava a ausência de substâncias elementares e necessárias e a sua jactância era palpável em qualquer gesto, em todo movimento e a expressão contida em seus olhos sempre fora a de opaco viver!
Antídoto algum quero encontrar buscando aliviar essa dor...
Vou senti-la pedaço por pedaço,
mas ao seu fim terei o sorriso para anunciar-me que você, também, findou-se!
©Balsa Melo
31.10.08
Cabedelo - PB
Brasil
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