O TEMPO...
Como se pode segurar o vento?
Reter a lágrima que no rosto cai?
Deixar de ouvir a dor deste lamento
E a vida minha, que, pouco a pouco, esvai?
A beleza das estrelas é pra todos
Assim como o orvalho, tão doce, da manhã...
A música dos pássaros... Moram ao relento,
E são tão belos e suaves em seu canto...
- Como eu cantava suavemente para ti,
Lembras?...
Tudo é efêmero: a vida, a dor, beleza,
E até a saudade que esmaece com o tempo...
Não há como reter alguma coisa
Nesta vida... O tempo... Ah! O tempo...