PROCURA
Não sei quantas vezes
sai para procurar você.
Por caminhos estranhos viajei
neles nada encontrei...
Perseverante continuei a jornada
viagens torturantes e infindáveis
Sobressaltos, medo solidão pungente
frio na alma e procura transcendente...
Esquecido pela vida
cruzei as fronteiras do tempo,
perdido minha alma ameaçava naufragar
eminente fim, morrer sem poder amar...
Mas ao pôr do sol, crepúsculo
de uma esperança de uma procura...
você apareceu diante de meu temor
e sem qualquer montagem manifestou seu amor.
Não existiu promessas, só paz
nem palavras alucinantes, só entendimento
não houve simulação de falsa miragem
mas que felicidade, falamos a mesma linguagem...
Agora, não somos mais carentes
a procura foi banida
a solidão esquecida.
O tempo nos apresentará a significação
da transformação a entreabrir-se
para o amor que entre nós sempre existiu,
tal qual uma flor que depois de morta ressurgiu
exalando seu perfume para amenizar a ânsia
desta louca distância...
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