Revolução

De repente meu corpo se revoltou

Meu sangue ficou mais vermelho

E eu já não vejo no espelho

A mesma pessoa que eu era

Quero uma revolução sim

Uma revolução comunista

Onde tudo é dividido

Onde o começo é só um destino

Ainda não satisfeito

Meu corpo não perfeito

Vibra de emoção e não teme

O desconhecido por vir

Quero um mundo novo

Livre, sem barreiras,

Quero derrubar o muro

Agitando meu corpo, bandeira

Quero ultrapassar o sempre

E chegar finalmente ao nunca

Abrindo as portas do místico

Derrubando o pudor, a vergonha

Quebrando o tabu metafísico

Uma revolução com dores

Poderia ser a das mil flores

Se MAO já não a tivesse feito

Sem frescura, sem pudores

Quero meu sangue fervendo

Decifrar coisas estranhas

Meu corpo, Rosa de Hiroshima

Conhecer minhas entranhas

Que venha a revolução

Trago ainda as marcas

Das batalhas que enfrentei

Ainda tenho lugares para cicatrizes

Guardo um cheiro de Cravos e Alecrim...

Tanto mar.. tanto mar....

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 31/10/2008
Código do texto: T1257906